Atividades para a primeira consulta com a criança – quebra gelo – Psicologia Infantil
Como já mencionei, na primeira consulta é super natural que a criança esteja insegura, com medo e um pouco resistente. Nesse primeiro contato é fundamental deixá-la a vontade para que possamos conhecê-la melhor e conquistar a confiança dela. Quando uma criança chega na terapia, muitas vezes tem dificuldade de entender o que é um terapeuta e o que será feito naquele espaço. Por vezes acredita que aquele espaço é meramente recreativo ou pode até entendê-lo como algo assustador em função de que ali serão abertas suas intimidades e dificuldades, daí a importância de desmistificar o que as crianças pensam sobre a primeira consulta com o psicólogo. Além das dicas que já passei em nosso 5° e 9° dia de transmissão, costumo utilizar também o livro “O Primeiro Livro da Criança sobre Psicoterapia” de Jane Annunziata e Maria Adriana Veronesi. Neste livro, são discutidas perguntas e preocupações que as crianças e seus pais e responsáveis têm sobre psicoterapia. O texto reflete a abordagem psicodinâmica à ludoterapia. Totalmente ilustrado, que estarei disponibilizando em PDF pra vocês. Outro livro que gosto muito de usar, em minhas consultas iniciais, é o livro “Por que vou a terapia?” de Marina Gusmão Caminha e Luciana Tisser, comercializado pela Sinopsys. Só que este é mais voltado para os fundamentos da terapia cognitivo-comportamental (segue foto em anexo). Esses livros, além de trazer material explicativo, também se propõe a ser interativo e podem ser lido em etapas, de forma que cada parte seja trabalhada com a criança a partir de suas próprias vivências, sentimentos, pensamentos e comportamentos. Este último, ainda dispõe de formulários digitais. E aquelas crianças que não querem entrar? Com essas crianças, costumo utilizar o cubo mágico. Esse recurso, torna seu atendimento inicial muito mais divertido dizendo: “vem entra comigo que vou te mostrar uma mágica!” Você pode utilizar esse recurso também, para ensinar a mágica para que a criança possa ganhar um Ibope e mostrar para os colegas, e ainda como recompensa, onde a ela só vai aprender a mágica depois que cumprir algum critério de melhora do comportamento. (Segue vídeo explicativo de como fazer a mágica e o contato da pessoa que personalizou o cubo pra mim). No caso das crianças que não querem falar nada, costumo utilizar o jogo de cartas “conversinha”, que é um material lúdico, que além de ser uma forma de interação positiva entre criança e terapeuta, também introduz a criança na linguagem e nos assuntos de interesse da psicoterapia. Gosto muito do jogo e super recomendo!????
Simone Mendes – psicóloga, especialista em TCC e cuidado infantil.