Encaminhamento para outros Profissionais – Psicologia Infantil
Quando uma criança chega em nosso consultório de psicologia, normalmente presumimos que ela apresenta problemas que têm uma explicação psicológica. Existe uma preocupação, que pode se expressar por meio de uma pergunta muito vaga: “Será que meu filho tem algum problema psicológico?” Por certo, o psicólogo precisa de mais dados sobre o caso para desdobrar a pergunta vaga de um leigo. Esse exemplo é de um caso muito simples, mas demonstra que o psicólogo precisa de mais dados para que as questões iniciais sejam precisas, podendo, então, formular suas hipóteses.
O esclarecimento e a organização das questões pressupostas num encaminhamento são tarefas de responsabilidade do psicólogo e algumas ações podem ser indicadas já ao final da primeira consulta. Se a criança apresentar algum sintoma, como dificuldades na fala, problemas de visão, problemas de audição, automutilação, tentativa de suicídios, dores, distúrbios psiquiátricos e neurológicos, entre outros, devemos indicar alguma atividade ou até uma consulta com outros profissionais de saúde para complementar o tratamento e a avaliação do nosso paciente. Às vezes, se faz necessária a atuação de uma equipe multidisciplinar, com neuropediatra, fonoaudiólogo, psiquiatra e psicólogos para ajudar as crianças em suas dificuldades. Não podemos achar que podemos dar conta de todos os problemas e dificuldades das crianças, precisamos reconhecer as nossas limitações e fazer os encaminhamentos necessários. Para que possamos fechar o diagnóstico de um problema de uma criança, devemos levar em consideração vários fatores.
Simone Mendes – psicóloga, especialista em TCC e cuidado infantil.